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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

BOAS FESTAS DE NATAL


EM TEMPO DE NATAL

Em tempo de Advento e Natal, as pessoas tornam-se mais sensíveis, solidárias e generosas. 
Nesta época natalícia é bom ter em conta que algumas pessoas não passam a altura de festa como a maioria de nós; há gente que não tem um abrigo, um cobertor ou até mesmo uma ceia, não têm nada com que satisfazer a sua fome. Não têm como se aquecer nas noites geladas e pálidas do inverno rigoroso que se aproxima. 
É habitual vermos as pessoas felizes, a fazerem as suas compras de Natal e, por vezes, esquecemo-nos de outras que nem podem proclamar esta alegria tanto como desejavam. 
Em contraste com as ruas movimentadas e cheias de gente com montes de sacos cheios de prendas, “atropelando-se” nas ruas, os meios de comunicação social mostram-nos muita miséria, refugiados que, forçosamente, têm que abandonar o seu país, o seu lar, a sua família…
A felicidade, a alegria do Natal, não passa apenas pelas prendas e por bens materiais, mas sim pela aceitação para com os outros, e pela alegria interior com que vivemos esta quadra.
Desejamos que o Natal seja capaz de levar cada pessoa a mudar a sua maneira de pensar, a ver cada ser humano com a sua dignidade de pessoa, e que a ajuda seja uma constante, agora e sempre.


Neste frio de Inverno,
Há pessoas tristes e sozinhas,
Esperando assim…
Que o verdadeiro Natal aconteça!

Cai neve lá fora…
A família reunida,
Vive com emoção e felicidade,
Esta fantástica quadra festiva.

Ana Alvo, Miguel Gomes, Rafael Ferreira, Sara Lemos, EMRC 9º Ano

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O Presépio em sintonia com a Natureza

Chegados à comemoração de mais um Natal, o Presépio convida-nos a viver a quadra com simplicidade, mais espírito de entreajuda e alegria.

Este ano, a simbiose Presépio/Natureza é visível na maioria dos presépios criados em EMRC pelos alunos do nosso Agrupamento. 

Os ramos e folhas das árvores, o musgo dos campos, a neve da nossa serra... ajudam a recriar a "cena".

Como nos diz o Papa Francisco, não adianta contemplarmos Jesus no Presépio, se não aprendemos a vê-lo na Natureza.























segunda-feira, 28 de novembro de 2016

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

SEMANA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2016

Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé
Nota Pastoral para a Semana Nacional da Educação Cristã
21 - 30 de outubro de 2016

EDUCAR - PROPOR O CAMINHO PARA UMA VIDA PLENA

A educação integral é essencial para promover o desenvolvimento harmonioso das pessoas e para alicerçar a justiça, a paz e o bem-estar das sociedades. Portanto, é pela educação que podemos preparar um futuro com esperança.
Por isso, educar é uma tarefa gratificante sem deixar de ser complexa e árdua, nomeadamente no nosso tempo. Assim o reconhece o Papa Francisco na Exortação “A Alegria do Amor” em que dedica um capítulo à missão educativa da família (Cap VII: Reforçar a educação dos filhos).
Perante os desafios da sociedade atual, o papel dos educadores (pais, encarregados de educação, professores, catequistas) não pode ser o de controlar ou de resolver todos os problemas mas “gerar processos de amadurecimento da liberdade dos filhos, de preparação, de crescimento integral, de cultivo da autêntica autonomia” (AL 261). Deste modo, “a educação para a maturidade comporta a tarefa de promover liberdades responsáveis que, nas encruzilhadas, saibam optar com sensatez e inteligência” (AL 262).
Perante esta emergência da educação todos temos a missão de colaborar. Em nome da Igreja, apoiados pelo seu rico património espiritual, humanista e moral, queremos dar o nosso contributo, apresentando alguns critérios em ordem a educar para o desenvolvimento pessoal integral e para a participação livre e responsável na construção de uma sociedade justa e fraterna.

1. Educar é pôr a caminho
Educar é conduzir no caminho do bem e da verdade, como concretiza Bento XVI de forma feliz: “Educar significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa” (Mensagem do dia da paz, 1 de janeiro de 2012, 2).
Deste modo, educar não é apenas atingir uma determinada etapa ou patamar: boas classificações escolares; concluir um curso; chegar à celebração de um sacramento. Encontramos, frequentemente, esta perspetiva estática de educação. A educação, porém, é dinâmica, é aprender a caminhar, a progredir, a crescer continuamente para a plenitude. Fazer caminho é dar passos, treinar ritmos, aprender com as novas experiências de cada idade, pois o caminho faz-se caminhando. Cada etapa precisa de ter continuidade, orientar para novas etapas, sem perder de vista a meta – o desenvolvimento pleno e integral. Fixar-se numa etapa é instalar-se, é deixar de crescer, de olhar para o futuro e enfraquecer no compromisso de o preparar.
O objetivo que todos procuramos na vida é a felicidade. E onde a encontramos? Como muitas vezes repetiu, de forma viva, o Papa Francisco nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) em Cracóvia (julho 2016), a felicidade não está no sofá e nos videojogos mas em fazer caminho que abra novos horizontes à vida e nos leve a testemunhar a misericórdia aos mais pobres e débeis: “não viemos a este mundo para vegetar, para fazer da vida um sofá que nos adormeça; viemos para deixar marca. É muito triste passar pela vida sem deixar uma marca. Mas quando escolhemos a comodidade, confundindo felicidade com consumo, então perdemos a liberdade”.

2. Educar é propor referências
Para fazer caminho precisamos de definir uma direção e escolher um guia. Uma das lacunas da educação é a ausência de referências que permitam o discernimento entre a retidão e os desvios, entre o bem e o mal.
Na educação cristã temos Jesus Cristo como referência e guia do caminho novo. Ele veio trazer-nos a vida em plenitude (Cf Jo 10,10) e esta é a meta que temos em vista alcançar. Ele chama-nos a segui-Lo e acompanha-nos no caminho, apoiando-nos com a sua graça. Por isso, o caminho do Senhor está ao alcance de todos. Como afirmou o Papa Francisco nas referidas Jornadas, “Jesus deseja aproximar-se da vida de cada um, percorrer o nosso caminho até ao final, para que a sua vida e a nossa se encontrem realmente”.
A vida exemplar de Jesus é continuada e concretizada por muitos homens e mulheres que n’Ele encontraram o paradigma do homem novo e, após esse encontro, tornaram-se melhores. Na história do cristianismo encontramos uma “nuvem de testemunhas” (Heb 12, 1) que enriquecem o nosso património de referências concretas da fé cristã.
Também hoje à nossa volta podemos descobrir muitas testemunhas admiráveis da fé que, pela sua bondade e retidão, mostram como o Evangelho é uma força para o bem e uma luz que ilumina na escuridão. Fixar os olhos em Jesus e naqueles que O seguem e continuamente se renovam, leva-nos a descobrir as nossas distâncias e fragilidades e a esforçarmo-nos por superá-las.
Não há caminho para a perfeição sem esforço e sem luta, não há opções pela verdade e pela novidade cristã sem renúncia aos impedimentos e obstáculos que moram em nós e dificultam o progresso na luz e na perfeição.
Na matriz cristã, a educação encontra uma ligação com a realidade e um enraizamento concreto na história humana. Não é proposta de teorias ou doutrinas mas de exemplos de pessoas concretas e de acontecimentos históricos, de uma memória rica de séculos que nos ajuda a estar atentos aos sinais dos tempos, a interpretar o presente e construir um futuro melhor.

3. Educar é promover a fraternidade e a comunidade
Jesus aproximou-se de nós para nos ensinar a ser próximos uns dos outros. Dedica-nos um amor pessoal e manda-nos amar o próximo, a pessoa concreta que precisa de nós. A educação cristã tem necessariamente uma dimensão comunitária, pois Jesus veio ao nosso encontro para nos congregar como a grande família dos filhos de Deus.
Nesta linha, a educação deve promover o diálogo e a integração, procurar o que nos une e não o que separa; construir pontes e evitar ruturas; não se deixar tentar pela mentalidade maniqueísta que divide a sociedade em bons e maus, julgando como maus “os outros que não pensam como nós”.
Nas fontes do cristianismo é constante e veemente o apelo à união, à reconciliação, à paz e ao serviço fraterno. A divisão e os conflitos são entendidos como uma contradição com a fé. O grande sinal que identifica o cristão é o amor, a misericórdia, o serviço aos mais humildes e desprotegidos.
Por isso, devemos alertar contra todas as propostas que, ainda hoje, criam barreiras e fomentam agressividade. Se queremos construir um mundo solidário em que todos se sintam acolhidos, respeitados e integrados temos de rejeitar a indiferença, a agressividade, a luta de classes, a violência… e cultivar a fraternidade, o diálogo, a compreensão e as relações cordiais. Assim esclareceu o Papa Francisco aos jovens: “a nossa resposta a este mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade, chama-se irmandade, chama-se comunhão, chama-se família” (JMJ, 2016).

4. Educar é formar agentes de mudança e de transformação social
O pleno desenvolvimento da pessoa alcança-se também pelo contributo que presta para melhorar a sociedade, pelo rasto de amor e de paz que deixa no seu meio ambiente. Educar é incentivar a sonhar um mundo novo, mais justo e fraterno, e a entregar-se, corajosamente, ao serviço deste sonho.
Como recomendou o Papa em Cracóvia: “Para seguir a Jesus é preciso ter uma boa dose de coragem e decidir-se a trocar o sofá por um par de sapatos que ajudem a caminhar (…) pelas estradas do nosso Deus que nos convida a ser atores políticos, pessoas que pensam, animadores sociais” (JMJ 2016).
Jesus é o pastor que nos orienta no caminho que leva à plenitude, à alegria, ao amor e à paz. Oferece-nos o evangelho para ser o “nosso navegador” no caminho da vida. Ampara-nos com o seu cajado de pastor, ou seja, com a força da sua graça que ajuda a vencer o mal. É o verdadeiro mestre de vida que nos transmite a arte de bem viver, é o caminho para a verdade, para a beleza e para a bondade, para a vida em plenitude.
A luz de Jesus chega até nós, de forma mais próxima e concreta, através das testemunhas da fé que se guiaram por Ele e refletem a sua luz para a nossa vida. Entre todas tem um lugar de especial relevo Maria sua Mãe. Também ela peregrinou na fé e se entregou ao serviço de um mundo novo. Ao celebrarmos o centenário das suas aparições em Fátima demos graças a Deus pela sua visita e pela mensagem de salvação que nos veio trazer e aprendamos com ela, estrela de um novo dia, a orientar os nossos passos pela luz do evangelho de Seu Filho.

Lisboa, 29 de setembro de 2016

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Um novo ano, uma nova página a reescrever

Estamos a iniciar o ano letivo 2016-2017. Votos de um bom ano para toda a comunidade educativa.
Uma saudação especial para todos os alunos inscritos na disciplina de EMRC, extensiva a todos os pais e encarregados de educação.
Vamos caminhar juntos! Ensinar não é simplesmente transmitir conhecimentos; é também educar para os valores, corrigir, formar nos bons costumes éticos e morais. Sendo a EMRC uma disciplina opcional, com uma identidade válida e atual, apresenta-se como proposta cultural que é oferecida a todos para lá das convicções e escolhas pessoais de fé. Tem um programa delineado que leva o aluno a formar uma personalidade forte e responsável, capaz de escolhas livres e coerentes.
Quantas vezes já não fizemos a pergunta: Que horizonte de sociedade somos chamados a ir construindo, e que caminhos somos chamados a seguir? Perante esta interpelação, vamo-nos dando conta que muitos dos nossos adolescentes e jovens criam respostas e caminhos que procuram satisfazer as suas necessidades e angústias existenciais, definhando sob a perda de sentido e a ansiedade do vazio – muitas vezes desencadeando o fracasso. Tais situações são, por vezes, fruto de vivências e atitudes pouco favoráveis, que se vão enraizando e que acabam por contagiar outros. O que acontece é que, muitas vezes, passamos ensinamentos mas não ensinamos a viver os ensinamentos.
O apelo aos valores humanos e cristãos, hoje mais do que nunca, precisa de soar como um apelo a uma nova prática; a vivência dos valores precisa de ser uma resposta a um convite mais do que meramente uma resposta a algumas propostas. Assim, é preciso, pessoal e coletivamente, com coerência, redescobrir e testemunhar sinais dinâmicos e vitais que levem ao conhecimento e aprofundamento da mensagem. Se queremos chegar à meta que afinal todos nós dizemos querer alcançar, não podemos alienar-nos de que é preciso um esforço de discernimento para se deixar guiar por aquilo que vale a pena, pela vivência dos valores que perduram. A (in) disciplina e o (in) sucesso são indissociáveis, e como ninguém gosta de ter insucesso, em conjunto e interação, redescobriremos os valores que são como o fundamento da nossa esperança – o ser bem sucedido. O apelo a viver os valores que perduram passa de uns para os outros, muitas vezes, por contágio; necessitamos, pois, de elementos contagiantes, edificantes, que querem ser o “grão de areia que forma o areal”.
Neste sentido, é preciso tornar-se presente, estar atentos, lúcidos, e com espírito crítico construtivo. É certo que nem sempre se consegue o que nos propomos ou pretendemos, mas estes momentos vamos vivê-los como ocasião para viver o Kairós, o momento presente, e vivê-lo manifestando a diferença da proposta da EMRC: pontos de referência e inspiração para qualquer pessoa em crescimento e à procura de sentido. Na qualidade de docente, procurarei compreender e fazer compreender que o caminho é sempre o de cada um, na sua liberdade, com o seu ritmo de amadurecimento próprio, com o seu historial. Vem, vê e atua é sempre o nosso grande desafio.
Não posso deixar de aludir à turma do 5º A, a Direção de Turma que me foi confiada. Sabendo que os professores ficam com os papéis facilitados quando os encarregados de educação participam na vida da escola, apraz-me referir que não me pouparei a esforços para acompanhar e estimular os seus educandos em ordem ao sucesso, induzindo neles o dever de serem ‘construtores’ do seu próprio sucesso, ao mesmo tempo que também apelo ao envolvimento dos pais, pois a avaliação positiva e o sucesso só são alcançáveis pela conjugação de esforços, através de um diálogo construtivo e capaz de harmonizar as diversidades.
Procurarei que o acolhimento e a proximidade estejam no cerne da minha tarefa educativa, promovendo a socialização e a educação para os valores que a todos dignificam enquanto sujeitos e seres sociais que procuram viver no respeito e apreço pelo outro, dando testemunho e razões da esperança que nos habita.
UM BOM NOVO ANO ESCOLAR!

Isabel Almeida, Prof. de EMRC

terça-feira, 21 de junho de 2016

ATIVIDADES de EMRC

Integrada nas Atividades de Encerramento do ano letivo 2015-2016, que decorreram nos dias 8 e 9 de junho, os alunos do 5º e 6º ano realizaram trabalhos para a exposição das SALAS TEMÁTICAS dos diferentes Departamentos Curriculares.
A Simbologia, com os símbolos e a sua descrição, e a Fome no Mundo foram os temas que, entre outros, sobressaíram na Exposição. Carregado de toda a sua simbologia, a embelezar o espaço, não faltou sequer o arranjo floral.
Por sua vez, os alunos do 3º Ciclo realizaram alguns videos e trabalhos em Powerpoint.














sexta-feira, 3 de junho de 2016

Educar para preparar o Futuro - Nota Pastoral

1. O direito dos pais na escolha da escola para os seus filhos

Educar, que significa despertar potencialidades e ensinar a ser, implica eleger como meta principal a construção de uma pessoa autêntica e íntegra. Neste sentido, os pais têm, entre outros, o direito/dever de educar e escolher a escola que melhor corresponda aos valores e exigências dos seus filhos, competindo-lhes a orientação da sua educação. Para isso, cada estabelecimento de ensino, público ou privado, deve caracterizar o seu modelo educativo, para que estes, em liberdade, possam escolher aquele que mais se coaduna com a educação que julgam mais adequada para os seus filhos.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem (art.º 26), bem como a Lei de Bases do Sistema Educativo, reconhecem a importância da educação e enunciam princípios onde é possível enquadrar a sua inserção nos sistemas educativos, nomeadamente a liberdade de os pais escolherem o género de educação a dar aos filhos. Também a Lei da Liberdade Religiosa (art.º 11) confere aos pais o direito à educação dos filhos em coerência com as próprias convicções religiosas. Mas o que deveria ser um direito é, por vezes, um obstáculo!
Esta situação não pode ser um jogo político. Ao Estado não cabe impor uma visão do mundo. “Ao Estado cabe a obrigação de cooperar com os pais na educação dos filhos” (Constituição da República Portuguesa, art.º 67, c). O Estado, que se quer democrático, pode ter ideais, mas são os cidadãos que os tornam eficazes. Se a lei estabelece as condições para uma ampla e frutuosa colaboração e são estes que pagam os seus impostos, também são estes que têm direito a ditar como querem a sua escola. Ao Estado compete, pois, por equidade e exigência do bem comum, harmonizar os interesses dos cidadãos, garantindo os direitos das instituições educativas; tem o dever de colaborar com os pais na educação dos filhos, criando condições necessárias para que estes possam optar livremente pelo modelo educativo que lhes convém. Apoiar economicamente as escolas, sejam elas de iniciativa estatal ou particular, é colaborar com os pais na educação dos filhos. O Papa Francisco, na recente Exortação sobre a Alegria do Amor, lembra que «o Estado oferece um serviço educativo de maneira subsidiária, acompanhando a função não delegável dos pais, que têm o direito de poder escolher livremente o tipo de educação – acessível e de qualidade – que querem dar aos seus filhos de acordo com as suas convicções» (AL 84).
Não há educação integral sem a consideração da dimensão religiosa, uma vez que ela é constitutiva da pessoa humana. Mais ainda, no mundo globalizado e plural em que nos movemos, não é possível compreender certos eventos nacionais e internacionais sem referência ao religioso e às suas manifestações. Por sua vez, o Evangelho inspira valores de fé e de humanidade que edificam a história e a cultura.

2. A disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica confere unidade ao projeto educativo

A lecionação da EMRC, disciplina com uma dimensão religiosa e cívica, depende da vontade expressa dos pais ou dos candidatos, quando maiores de dezasseis anos. É uma área curricular com um alcance cultural e um significativo valor educativo, que confere unidade ao projeto educativo. Proporciona recursos e perspetiva caminhos de desenvolvimento harmonioso do aluno, na integridade das dimensões corporal, intelectual e da abertura à transcendência, aos outros e ao mundo em que vive e que, por sua vez, é chamado a construir com os outros.
A família, comunidade educativa por excelência, assume um papel central na educação dos filhos. Assim, os pais devem consciencializar-se da importância da dimensão religiosa para a educação dos filhos, responsabilizar-se pela sua inscrição em EMRC ou sensibilizar os filhos para o fazerem, tomando uma posição ativa e fazendo valer a legislação em vigor. Os alunos são fruto da sociedade e das suas incoerências e contradições, por isso não abdiquem os pais das suas responsabilidades educativas, fruindo do que a escola lhes oferece.
O professor, que por si só não pode suprir as funções de toda a sociedade, deve promover o diálogo e a colaboração com os pais e a escola, tendo em vista a responsabilização e colaboração recíprocas. Deve manter-se atualizado pessoal e profissionalmente, transmitir com seriedade e profundidade o itinerário planeado, sem esquecer que o diálogo entre a cultura e a fé deve fazer-se em ordem à maturidade pessoal e social.
Aos alunos, proponho um desafio: convido-os a ir contra a corrente, a ser determinados e a arriscarem pela frequência da EMRC como caminho onde os valores são identificados, promovidos e divulgados – onde brota uma vida com sentido e projeto.
O sucesso dependerá do interesse e envolvimento que todos demonstrarem. Atentos às inquietações e preocupações, tendo bem presentes os valores que nos norteiam, com ânimo e confiança, temos todos de assumir posições concretas; admitir o indiferentismo, a irresponsabilidade pode comprometer toda a educação e a cultura emergente. Temos todos de ajudar a crescer nos valores que dignifiquem a pessoa humana.
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Aveiro, 9 de maio de 2016

António Manuel Moiteiro Ramos, Bispo de Aveiro


terça-feira, 24 de maio de 2016

EMRC...Testemunho de antigas alunas

EMRC… uma referência para o futuro

EMRC… confesso que no início tinha uma ideia errada da disciplina. Pensava que era mais uma daquelas aulas teóricas onde apenas se falava de religião. Mas tal conceito depressa o retirei do meu pensamento, pois logo percebi que a EMRC é muito mais do que isso. Aliás, posso afirmar que a EMRC é uma preparação para a vida. É talvez a única disciplina que nos ajuda a ver as realidades, dá oportunidade de podermos partilhar os nossos sentimentos, as nossas opiniões, aquilo que realmente nos toca e mexe connosco, independentemente das convicções de cada um. Aqui há espaço para partilhar não só experiências como também impressões ou aquilo que sentimos que está errado, situações com as quais não concordamos. É aqui, nesta disciplina, que podemos questionar atitudes, aprender com os erros dos outros e com os nossos, levando-nos sempre a propor soluções.
Para além disto, é sem dúvida uma disciplina importante para fazermos novas amizades; é um verdadeiro ponto de encontro. Digo isto não só pelo facto de ficarmos a conhecer melhor quem somos, a conhecer os outros e termos oportunidade de partilharmos as nossas ideias, como também pelo facto de podermos conhecer outros alunos de outros lugares.
Uma outra forma de podermos perceber o ponto de vista dos outros e, de certo modo, encontrarmos outra maneira de ver as realidades é ainda o facto de participarmos em atividades relacionadas e dinamizadas pela EMRC. Costumo até dizer que a EMRC é um dar e receber, é compreender os outros e ser compreendido, é um “trocar de vidas”. Quero com isto dizer que damos a conhecer as nossas vivências, sentimentos, experiências… e, em troca, oferecem-nos também tudo isto – o tal “trocar de vidas”.
Além dos diálogos e debates, muitas vezes a partir da visualização de filmes ou apresentação de trabalhos feitos pelos alunos, também aprendemos feitos de pessoas importantes que nos podem servir de modelo. É desta forma que encontramos maneiras diferentes de estar na vida, de agir, de viver.
É de salientar também a importância da EMRC na abordagem e compreensão de situações problemáticas, visto que a maioria dos jovens que a frequentam estão na adolescência, período em que procuram refúgios que, por vezes, não são os melhores. Deste modo, esta disciplina tem interpretado aqui o papel de “ponto de encontro” entre os jovens e determinadas temáticas.
De alguma forma, na pessoa da professora, a disciplina desempenha o papel de “ombro amigo”, no sentido de compreender, apoiar os alunos e, de alguma forma, tentar ajudá-los a perceber o mundo; o porquê de determinadas atitudes dos pais; a distinguir os caminhos bons dos maus caminhos; a servir de confidente e, principalmente, convidar a escutar a voz dos que com a sua experiência nos podem proporcionar momentos melhores.
Ao contrário do que muitos pensam, a EMRC é mais do que uma aula, é uma reunião de amigos (se tu estiveres disposto a isso), é mais do que ver filmes, ler e fazer textos, ouvir a vida de santos e mártires. É conhecer-se, partilhar e ir ao encontro do outro. É, sem dúvida, a motivação para saber escutar, saber opinar, criticar, explicar, demonstrar, compreender, partilhar, aconselhar. Mas também tenho que confessar que sempre procurei dar o meu melhor!
 Em conclusão, tenho de dizer que a EMRC é um “cruzar” de experiências e projetos. É uma disciplina opcional que infelizmente é interpretada de forma errada, mas que eu vejo como uma referência para o futuro, um espaço de preparação para a vida.

Ana Mafalda Abrantes, 8º B, ano letivo 2006-2007



EMRC … um ponto de partilha e encontro

Talvez por vir de uma família onde os valores sempre foram transmitidos e considerados importantes, sempre achei importante frequentar a EMRC.
 Para mim a EMRC é um ponto de partilha e encontro. É uma disciplina que nos ajuda a desabrochar e, com sentido, a preparar para melhor vivermos a vida. Tratamos de temas que nos dão conhecimentos, mas também formação a nível de bem-estar, respeito pelos outros, tolerância e solidariedade. Aprofundamos o que a família e a sociedade nos vai ensinando e, ao mesmo tempo, observando o mundo à nossa volta, argumentamos e propomos soluções para, com os outros, ajudarmos a construir um mundo melhor.
Além dos temas do programa, também nós alunos podemos indicar outros que têm a ver com as nossas preocupações e que nos ajudam a esclarecer as nossas dúvidas. Sendo a adolescência uma etapa da vida em que nos sentimos um pouco baralhados, a EMRC tem sido importante para nos ajudar a ver e a viver as realidades de outro modo. Por vezes, somos confrontados com realidades que até conhecemos, para podermos ajudar a compreender as situações que ocorrem e a encontrar soluções para os problemas.
A proximidade e a partilha são valores que continuamente nos são transmitidos na EMRC. A professora Isabel Almeida costuma dizer-nos que é nas relações que mantemos com os outros que nos conhecemos e damos a conhecer quem somos, e que se soubermos criar uma boa relação, muitas das nossas dificuldades serão ultrapassadas, porque há sempre alguém para nos apoiar.
A solidariedade está sempre presente. A pobreza e a forma de colaborar com os que não têm não são esquecidas. Na escola é a única disciplina que nos desperta para todos os dramas humanos, dinamizando campanhas de solidariedade com angariação de roupas, alimentos, brinquedos e até material escolar e, ainda, participando em outras campanhas promovidas por outras instituições.
Não podemos esquecer os conhecimentos, mesmo para as outras disciplinas, e o bom ambiente que as visitas de estudo sempre nos proporcionam.
Vale a pena fazer parte desta família da EMRC. No fundo, a EMRC somos nós e o que queremos que ela seja. Obrigada, EMRC!

Ana Carolina Lopes Caetano, 8º B, ano letivo 2006-2007

sábado, 14 de maio de 2016

EMRC por terras de Santa Maria de Aguiar

No dia 13 de maio de 2016, realizámos, em intercâmbio com a Escola de Figueira de Castelo Rodrigo, uma visita de estudo com alunos de EMRC do 3.º ciclo, na sua maioria de 7.º ano.

Foi um dia enriquecido com novos conhecimentos e cheio de animação, congratulando-nos com o muito bom comportamento dos alunos: souberam escutar atentamente os guias da visita e usufruir harmoniosamente do tempo de convívio.
Para muitos ficou ainda a consolação de terem pisado terreno espanhol.

Sendo o dia 13 de maio, não esquecemos de agradecer a Nossa Senhora, tendo mesmo cantado o Avé, Avé Maria... na linda e histórica igreja de Nossa Senhora do Rocamador, em Castelo Rodrigo.

 PROGRAMA

         7h 45 – Saída da Escola Dr. Reis Leitão, Loriga
         8h 15  – Saída da Escola Dr. Guilherme Correia de Carvalho, Seia
        10h 30 – Acolhimento na Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo
        10h 45  Visita Guiada ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar
        11h 15 – Partida para Escalhão  Visita à Igreja Matriz
        12h 00 – Visita a Barca D`Alva
        12h 30 – Almoço partilhado e convívio
        14h 00 – Visita Guiada a Castelo Rodrigo
        16h 00 – Visita à Serra da Marofa        
        17h 00 – Lanche e despedida
        19h 00 – Chegada prevista a Seia    
        19h 30 – Chegada prevista a Loriga                                        .















 














Aqui na igreja de Nª Srª do Rocamador, rezámos e cantámos Avé, Avé Maria...