EMRC… uma
referência para o futuro
EMRC…
confesso que no início tinha uma ideia errada da disciplina. Pensava que era
mais uma daquelas aulas teóricas onde apenas se falava de religião. Mas tal
conceito depressa o retirei do meu pensamento, pois logo percebi que a EMRC é
muito mais do que isso. Aliás, posso afirmar que a EMRC é uma preparação para a
vida. É talvez a única disciplina que nos ajuda a ver as realidades, dá
oportunidade de podermos partilhar os nossos sentimentos, as nossas opiniões,
aquilo que realmente nos toca e mexe connosco, independentemente das convicções
de cada um. Aqui há espaço para partilhar não só experiências como também
impressões ou aquilo que sentimos que está errado, situações com as quais não
concordamos. É aqui, nesta disciplina, que podemos questionar atitudes,
aprender com os erros dos outros e com os nossos, levando-nos sempre a propor
soluções.
Para
além disto, é sem dúvida uma disciplina importante para fazermos novas
amizades; é um verdadeiro ponto de encontro. Digo isto não só pelo facto de
ficarmos a conhecer melhor quem somos, a conhecer os outros e termos
oportunidade de partilharmos as nossas ideias, como também pelo facto de
podermos conhecer outros alunos de outros lugares.
Uma
outra forma de podermos perceber o ponto de vista dos outros e, de certo modo,
encontrarmos outra maneira de ver as realidades é ainda o facto de
participarmos em atividades relacionadas e dinamizadas pela EMRC. Costumo até
dizer que a EMRC é um dar e receber, é compreender os outros e ser
compreendido, é um “trocar de vidas”. Quero com isto dizer que damos a conhecer
as nossas vivências, sentimentos, experiências… e, em troca, oferecem-nos
também tudo isto – o tal “trocar de vidas”.
Além
dos diálogos e debates, muitas vezes a partir da visualização de filmes ou
apresentação de trabalhos feitos pelos alunos, também aprendemos feitos de
pessoas importantes que nos podem servir de modelo. É desta forma que
encontramos maneiras diferentes de estar na vida, de agir, de viver.
É
de salientar também a importância da EMRC na abordagem e compreensão de
situações problemáticas, visto que a maioria dos jovens que a frequentam estão na
adolescência, período em que procuram refúgios que, por vezes, não são os
melhores. Deste modo, esta disciplina tem interpretado aqui o papel de “ponto
de encontro” entre os jovens e determinadas temáticas.
De
alguma forma, na pessoa da professora, a disciplina desempenha o papel de
“ombro amigo”, no sentido de compreender, apoiar os alunos e, de alguma forma,
tentar ajudá-los a perceber o mundo; o porquê de determinadas atitudes dos pais;
a distinguir os caminhos bons dos maus caminhos; a servir de confidente e,
principalmente, convidar a escutar a voz dos que com a sua experiência nos podem
proporcionar momentos melhores.
Ao
contrário do que muitos pensam, a EMRC é mais do que uma aula, é uma reunião de
amigos (se tu estiveres disposto a isso), é mais do que ver filmes, ler e fazer
textos, ouvir a vida de santos e mártires. É conhecer-se, partilhar e ir ao
encontro do outro. É, sem dúvida, a motivação para saber escutar, saber opinar,
criticar, explicar, demonstrar, compreender, partilhar, aconselhar. Mas também
tenho que confessar que sempre procurei dar o meu melhor!
Em conclusão, tenho de dizer que a EMRC é um “cruzar”
de experiências e projetos. É uma disciplina opcional que infelizmente é
interpretada de forma errada, mas que eu vejo como uma referência para o
futuro, um espaço de preparação para a vida.
Ana Mafalda Abrantes, 8º B,
ano letivo 2006-2007
EMRC … um ponto de
partilha e encontro
Talvez
por vir de uma família onde os valores sempre foram transmitidos e considerados
importantes, sempre achei importante frequentar a EMRC.
Para mim a EMRC é um ponto de partilha e
encontro. É uma disciplina que nos ajuda a desabrochar e, com sentido, a preparar
para melhor vivermos a vida. Tratamos de temas que nos dão conhecimentos, mas
também formação a nível de bem-estar, respeito pelos outros, tolerância e
solidariedade. Aprofundamos o que a família e a sociedade nos vai ensinando e,
ao mesmo tempo, observando o mundo à nossa volta, argumentamos e propomos
soluções para, com os outros, ajudarmos a construir um mundo melhor.
Além
dos temas do programa, também nós alunos podemos indicar outros que têm a ver
com as nossas preocupações e que nos ajudam a esclarecer as nossas dúvidas.
Sendo a adolescência uma etapa da vida em que nos sentimos um pouco baralhados,
a EMRC tem sido importante para nos ajudar a ver e a viver as realidades de
outro modo. Por vezes, somos confrontados com realidades que até conhecemos, para
podermos ajudar a compreender as situações que ocorrem e a encontrar soluções
para os problemas.
A
proximidade e a partilha são valores que continuamente nos são transmitidos na
EMRC. A professora Isabel Almeida costuma dizer-nos que é nas relações que
mantemos com os outros que nos conhecemos e damos a conhecer quem somos, e que
se soubermos criar uma boa relação, muitas das nossas dificuldades serão
ultrapassadas, porque há sempre alguém para nos apoiar.
A
solidariedade está sempre presente. A pobreza e a forma de colaborar com os que
não têm não são esquecidas. Na escola é a única disciplina que nos desperta
para todos os dramas humanos, dinamizando campanhas de solidariedade com
angariação de roupas, alimentos, brinquedos e até material escolar e, ainda,
participando em outras campanhas promovidas por outras instituições.
Não
podemos esquecer os conhecimentos, mesmo para as outras disciplinas, e o bom
ambiente que as visitas de estudo sempre nos proporcionam.
Vale
a pena fazer parte desta família da EMRC. No fundo, a EMRC somos nós e o que
queremos que ela seja. Obrigada, EMRC!
Ana Carolina Lopes
Caetano, 8º B, ano letivo 2006-2007