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terça-feira, 24 de maio de 2016

EMRC...Testemunho de antigas alunas

EMRC… uma referência para o futuro

EMRC… confesso que no início tinha uma ideia errada da disciplina. Pensava que era mais uma daquelas aulas teóricas onde apenas se falava de religião. Mas tal conceito depressa o retirei do meu pensamento, pois logo percebi que a EMRC é muito mais do que isso. Aliás, posso afirmar que a EMRC é uma preparação para a vida. É talvez a única disciplina que nos ajuda a ver as realidades, dá oportunidade de podermos partilhar os nossos sentimentos, as nossas opiniões, aquilo que realmente nos toca e mexe connosco, independentemente das convicções de cada um. Aqui há espaço para partilhar não só experiências como também impressões ou aquilo que sentimos que está errado, situações com as quais não concordamos. É aqui, nesta disciplina, que podemos questionar atitudes, aprender com os erros dos outros e com os nossos, levando-nos sempre a propor soluções.
Para além disto, é sem dúvida uma disciplina importante para fazermos novas amizades; é um verdadeiro ponto de encontro. Digo isto não só pelo facto de ficarmos a conhecer melhor quem somos, a conhecer os outros e termos oportunidade de partilharmos as nossas ideias, como também pelo facto de podermos conhecer outros alunos de outros lugares.
Uma outra forma de podermos perceber o ponto de vista dos outros e, de certo modo, encontrarmos outra maneira de ver as realidades é ainda o facto de participarmos em atividades relacionadas e dinamizadas pela EMRC. Costumo até dizer que a EMRC é um dar e receber, é compreender os outros e ser compreendido, é um “trocar de vidas”. Quero com isto dizer que damos a conhecer as nossas vivências, sentimentos, experiências… e, em troca, oferecem-nos também tudo isto – o tal “trocar de vidas”.
Além dos diálogos e debates, muitas vezes a partir da visualização de filmes ou apresentação de trabalhos feitos pelos alunos, também aprendemos feitos de pessoas importantes que nos podem servir de modelo. É desta forma que encontramos maneiras diferentes de estar na vida, de agir, de viver.
É de salientar também a importância da EMRC na abordagem e compreensão de situações problemáticas, visto que a maioria dos jovens que a frequentam estão na adolescência, período em que procuram refúgios que, por vezes, não são os melhores. Deste modo, esta disciplina tem interpretado aqui o papel de “ponto de encontro” entre os jovens e determinadas temáticas.
De alguma forma, na pessoa da professora, a disciplina desempenha o papel de “ombro amigo”, no sentido de compreender, apoiar os alunos e, de alguma forma, tentar ajudá-los a perceber o mundo; o porquê de determinadas atitudes dos pais; a distinguir os caminhos bons dos maus caminhos; a servir de confidente e, principalmente, convidar a escutar a voz dos que com a sua experiência nos podem proporcionar momentos melhores.
Ao contrário do que muitos pensam, a EMRC é mais do que uma aula, é uma reunião de amigos (se tu estiveres disposto a isso), é mais do que ver filmes, ler e fazer textos, ouvir a vida de santos e mártires. É conhecer-se, partilhar e ir ao encontro do outro. É, sem dúvida, a motivação para saber escutar, saber opinar, criticar, explicar, demonstrar, compreender, partilhar, aconselhar. Mas também tenho que confessar que sempre procurei dar o meu melhor!
 Em conclusão, tenho de dizer que a EMRC é um “cruzar” de experiências e projetos. É uma disciplina opcional que infelizmente é interpretada de forma errada, mas que eu vejo como uma referência para o futuro, um espaço de preparação para a vida.

Ana Mafalda Abrantes, 8º B, ano letivo 2006-2007



EMRC … um ponto de partilha e encontro

Talvez por vir de uma família onde os valores sempre foram transmitidos e considerados importantes, sempre achei importante frequentar a EMRC.
 Para mim a EMRC é um ponto de partilha e encontro. É uma disciplina que nos ajuda a desabrochar e, com sentido, a preparar para melhor vivermos a vida. Tratamos de temas que nos dão conhecimentos, mas também formação a nível de bem-estar, respeito pelos outros, tolerância e solidariedade. Aprofundamos o que a família e a sociedade nos vai ensinando e, ao mesmo tempo, observando o mundo à nossa volta, argumentamos e propomos soluções para, com os outros, ajudarmos a construir um mundo melhor.
Além dos temas do programa, também nós alunos podemos indicar outros que têm a ver com as nossas preocupações e que nos ajudam a esclarecer as nossas dúvidas. Sendo a adolescência uma etapa da vida em que nos sentimos um pouco baralhados, a EMRC tem sido importante para nos ajudar a ver e a viver as realidades de outro modo. Por vezes, somos confrontados com realidades que até conhecemos, para podermos ajudar a compreender as situações que ocorrem e a encontrar soluções para os problemas.
A proximidade e a partilha são valores que continuamente nos são transmitidos na EMRC. A professora Isabel Almeida costuma dizer-nos que é nas relações que mantemos com os outros que nos conhecemos e damos a conhecer quem somos, e que se soubermos criar uma boa relação, muitas das nossas dificuldades serão ultrapassadas, porque há sempre alguém para nos apoiar.
A solidariedade está sempre presente. A pobreza e a forma de colaborar com os que não têm não são esquecidas. Na escola é a única disciplina que nos desperta para todos os dramas humanos, dinamizando campanhas de solidariedade com angariação de roupas, alimentos, brinquedos e até material escolar e, ainda, participando em outras campanhas promovidas por outras instituições.
Não podemos esquecer os conhecimentos, mesmo para as outras disciplinas, e o bom ambiente que as visitas de estudo sempre nos proporcionam.
Vale a pena fazer parte desta família da EMRC. No fundo, a EMRC somos nós e o que queremos que ela seja. Obrigada, EMRC!

Ana Carolina Lopes Caetano, 8º B, ano letivo 2006-2007