Estamos a iniciar o ano
letivo 2016-2017. Votos de um bom ano para toda a comunidade educativa.
Uma saudação especial para
todos os alunos inscritos na disciplina de EMRC, extensiva a todos os pais e
encarregados de educação.
Vamos caminhar juntos! Ensinar não é simplesmente
transmitir conhecimentos; é também educar para os valores, corrigir, formar nos
bons costumes éticos e morais. Sendo a EMRC uma disciplina opcional, com uma
identidade válida e atual, apresenta-se como proposta
cultural que é oferecida a todos para lá das convicções e escolhas pessoais de
fé. Tem um programa delineado que leva o aluno a formar uma personalidade forte
e responsável, capaz de escolhas livres e coerentes.
Quantas vezes já não fizemos a pergunta: Que horizonte
de sociedade somos chamados a ir construindo, e que caminhos somos chamados a
seguir? Perante esta interpelação, vamo-nos dando conta
que muitos dos nossos adolescentes e jovens criam respostas e caminhos que procuram
satisfazer as suas necessidades e angústias existenciais, definhando sob a perda de sentido e a ansiedade do vazio – muitas vezes
desencadeando o fracasso. Tais situações são, por vezes, fruto de vivências e
atitudes pouco favoráveis, que se vão enraizando e que acabam por contagiar outros. O que acontece é que, muitas vezes, passamos ensinamentos mas não ensinamos a viver os ensinamentos.
O apelo aos valores
humanos e cristãos, hoje mais do que nunca, precisa de soar como um apelo a uma
nova prática; a vivência dos valores precisa de ser uma resposta a um
convite mais do que meramente uma resposta a algumas propostas. Assim, é preciso,
pessoal e coletivamente, com coerência, redescobrir e testemunhar sinais
dinâmicos e vitais que levem ao conhecimento e aprofundamento da mensagem. Se
queremos chegar à meta que afinal todos nós dizemos querer alcançar, não
podemos alienar-nos de que é preciso um esforço de discernimento para se deixar
guiar por aquilo que vale a pena, pela vivência dos valores que perduram. A (in) disciplina e o (in) sucesso são indissociáveis, e como ninguém
gosta de ter insucesso, em
conjunto e interação, redescobriremos os valores que são como o fundamento da
nossa esperança – o ser bem sucedido. O apelo a
viver os valores que perduram passa de uns para os outros, muitas vezes, por
contágio; necessitamos, pois, de elementos contagiantes, edificantes, que querem
ser o “grão de areia que forma o areal”.
Neste sentido, é preciso tornar-se presente, estar
atentos, lúcidos, e com espírito crítico construtivo. É certo que nem sempre se
consegue o que nos propomos ou pretendemos, mas estes momentos vamos vivê-los
como ocasião para viver o Kairós, o momento presente, e vivê-lo manifestando a
diferença da proposta da EMRC: pontos de
referência e inspiração para qualquer pessoa em crescimento e à procura de
sentido. Na qualidade de docente,
procurarei compreender e fazer compreender que o caminho é sempre o de cada um,
na sua liberdade, com o seu ritmo de amadurecimento próprio, com o seu
historial. Vem, vê e atua é sempre o nosso grande desafio.
Não posso deixar de aludir
à turma do 5º A, a Direção de Turma que me foi confiada. Sabendo que os
professores ficam com os papéis facilitados quando os encarregados de educação
participam na vida da escola, apraz-me referir que não me pouparei a esforços
para acompanhar e estimular os seus educandos em ordem ao sucesso, induzindo
neles o dever de serem ‘construtores’ do seu próprio sucesso, ao mesmo tempo
que também apelo ao envolvimento dos pais, pois a avaliação positiva e o
sucesso só são alcançáveis pela conjugação de esforços, através de um diálogo
construtivo e capaz de harmonizar as diversidades.
Procurarei que o acolhimento e a proximidade estejam no cerne da minha tarefa
educativa, promovendo a socialização e a educação para os valores que a todos
dignificam enquanto sujeitos e seres sociais que procuram viver no respeito e
apreço pelo outro, dando testemunho e razões da esperança que nos habita.
UM BOM NOVO ANO ESCOLAR!
Isabel Almeida, Prof. de
EMRC