A página de EMRC do Agrupamento de Escolas Dr. Guilherme Correia de Carvalho(Seia) desde 10 de janeiro de 2013
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
EM TEMPO DE NATAL
Em tempo de Advento e Natal, as pessoas
tornam-se mais sensíveis, solidárias e generosas.
Nesta época natalícia é bom ter em conta que algumas pessoas não passam a altura de festa como a maioria de nós; há gente que não tem um abrigo, um cobertor ou até mesmo uma ceia, não têm nada com que satisfazer a sua fome. Não têm como se aquecer nas noites geladas e pálidas do inverno rigoroso que se aproxima.
É habitual vermos as pessoas felizes, a fazerem as suas compras de Natal e, por vezes, esquecemo-nos de outras que nem podem proclamar esta alegria tanto como desejavam.
Em contraste com as ruas movimentadas e cheias de gente com montes de sacos cheios de prendas, “atropelando-se” nas ruas, os meios de comunicação social mostram-nos muita miséria, refugiados que, forçosamente, têm que abandonar o seu país, o seu lar, a sua família…
A felicidade, a alegria do Natal, não passa apenas pelas prendas e por bens materiais, mas sim pela aceitação para com os outros, e pela alegria interior com que vivemos esta quadra.
Desejamos que o Natal seja capaz de levar cada pessoa a mudar a sua maneira de pensar, a ver cada ser humano com a sua dignidade de pessoa, e que a ajuda seja uma constante, agora e sempre.
Nesta época natalícia é bom ter em conta que algumas pessoas não passam a altura de festa como a maioria de nós; há gente que não tem um abrigo, um cobertor ou até mesmo uma ceia, não têm nada com que satisfazer a sua fome. Não têm como se aquecer nas noites geladas e pálidas do inverno rigoroso que se aproxima.
É habitual vermos as pessoas felizes, a fazerem as suas compras de Natal e, por vezes, esquecemo-nos de outras que nem podem proclamar esta alegria tanto como desejavam.
Em contraste com as ruas movimentadas e cheias de gente com montes de sacos cheios de prendas, “atropelando-se” nas ruas, os meios de comunicação social mostram-nos muita miséria, refugiados que, forçosamente, têm que abandonar o seu país, o seu lar, a sua família…
A felicidade, a alegria do Natal, não passa apenas pelas prendas e por bens materiais, mas sim pela aceitação para com os outros, e pela alegria interior com que vivemos esta quadra.
Desejamos que o Natal seja capaz de levar cada pessoa a mudar a sua maneira de pensar, a ver cada ser humano com a sua dignidade de pessoa, e que a ajuda seja uma constante, agora e sempre.
Neste frio
de Inverno,
Há pessoas
tristes e sozinhas,
Esperando
assim…
Que o
verdadeiro Natal aconteça!
Cai neve
lá fora…
A família
reunida,
Vive com
emoção e felicidade,
Esta
fantástica quadra festiva.
Ana Alvo, Miguel Gomes, Rafael Ferreira, Sara Lemos, EMRC 9º Ano
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
O Presépio em sintonia com a Natureza
Chegados à comemoração de mais um Natal, o Presépio convida-nos a viver a quadra com simplicidade, mais espírito de entreajuda e alegria.
Este ano, a simbiose Presépio/Natureza é visível na maioria dos presépios criados em EMRC pelos alunos do nosso Agrupamento.
Os ramos e folhas das árvores, o musgo dos campos, a neve da nossa serra... ajudam a recriar a "cena".
Os ramos e folhas das árvores, o musgo dos campos, a neve da nossa serra... ajudam a recriar a "cena".
Como nos diz o Papa Francisco, não adianta contemplarmos Jesus no Presépio, se não aprendemos a vê-lo na Natureza.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
SEMANA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2016
Comissão Episcopal da Educação
Cristã e Doutrina da Fé
Nota Pastoral para a Semana
Nacional da Educação Cristã
21 - 30 de outubro de 2016
EDUCAR
- PROPOR O CAMINHO PARA UMA VIDA PLENA
A educação integral é essencial
para promover o desenvolvimento harmonioso das pessoas e para alicerçar a
justiça, a paz e o bem-estar das sociedades. Portanto, é pela educação que
podemos preparar um futuro com esperança.
Por isso, educar é uma tarefa
gratificante sem deixar de ser complexa e árdua, nomeadamente no nosso tempo.
Assim o reconhece o Papa Francisco na Exortação “A Alegria do Amor” em que
dedica um capítulo à missão educativa da família (Cap VII: Reforçar a educação
dos filhos).
Perante os desafios da sociedade
atual, o papel dos educadores (pais, encarregados de educação, professores,
catequistas) não pode ser o de controlar ou de resolver todos os problemas mas
“gerar processos de amadurecimento da liberdade dos filhos, de preparação, de
crescimento integral, de cultivo da autêntica autonomia” (AL 261). Deste modo,
“a educação para a maturidade comporta a tarefa de promover liberdades
responsáveis que, nas encruzilhadas, saibam optar com sensatez e inteligência”
(AL 262).
Perante esta emergência da
educação todos temos a missão de colaborar. Em nome da Igreja, apoiados pelo
seu rico património espiritual, humanista e moral, queremos dar o nosso
contributo, apresentando alguns critérios em ordem a educar para o
desenvolvimento pessoal integral e para a participação livre e responsável na
construção de uma sociedade justa e fraterna.
1. Educar é pôr a caminho
Educar é conduzir no caminho do
bem e da verdade, como concretiza Bento XVI de forma feliz: “Educar significa conduzir para fora de si
mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa”
(Mensagem do dia da paz, 1 de janeiro de 2012, 2).
Deste modo, educar não é apenas
atingir uma determinada etapa ou patamar: boas classificações escolares;
concluir um curso; chegar à celebração de um sacramento. Encontramos,
frequentemente, esta perspetiva estática de educação. A educação, porém, é
dinâmica, é aprender a caminhar, a progredir, a crescer continuamente para a
plenitude. Fazer caminho é dar passos, treinar ritmos, aprender com as novas
experiências de cada idade, pois o caminho faz-se caminhando. Cada etapa
precisa de ter continuidade, orientar para novas etapas, sem perder de vista a
meta – o desenvolvimento pleno e integral. Fixar-se numa etapa é instalar-se, é
deixar de crescer, de olhar para o futuro e enfraquecer no compromisso de o preparar.
O objetivo que todos procuramos na
vida é a felicidade. E onde a encontramos? Como muitas vezes repetiu, de forma
viva, o Papa Francisco nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) em Cracóvia
(julho 2016), a felicidade não está no sofá e nos videojogos mas em fazer
caminho que abra novos horizontes à vida e nos leve a testemunhar a
misericórdia aos mais pobres e débeis: “não
viemos a este mundo para vegetar, para fazer da vida um sofá que nos adormeça;
viemos para deixar marca. É muito triste passar pela vida sem deixar uma marca.
Mas quando escolhemos a comodidade, confundindo felicidade com consumo, então
perdemos a liberdade”.
2. Educar é propor referências
Para fazer caminho precisamos de
definir uma direção e escolher um guia. Uma das lacunas da educação é a
ausência de referências que permitam o discernimento entre a retidão e os
desvios, entre o bem e o mal.
Na educação cristã temos Jesus
Cristo como referência e guia do caminho novo. Ele veio trazer-nos a vida em
plenitude (Cf Jo 10,10) e esta é a meta que temos em vista alcançar. Ele
chama-nos a segui-Lo e acompanha-nos no caminho, apoiando-nos com a sua graça.
Por isso, o caminho do Senhor está ao alcance de todos. Como afirmou o Papa
Francisco nas referidas Jornadas, “Jesus
deseja aproximar-se da vida de cada um, percorrer o nosso caminho até ao final,
para que a sua vida e a nossa se encontrem realmente”.
A vida exemplar de Jesus é
continuada e concretizada por muitos homens e mulheres que n’Ele encontraram o
paradigma do homem novo e, após esse encontro, tornaram-se melhores. Na
história do cristianismo encontramos uma “nuvem
de testemunhas” (Heb 12, 1) que enriquecem o nosso património de
referências concretas da fé cristã.
Também hoje à nossa volta podemos
descobrir muitas testemunhas admiráveis da fé que, pela sua bondade e retidão,
mostram como o Evangelho é uma força para o bem e uma luz que ilumina na
escuridão. Fixar os olhos em Jesus e naqueles que O seguem e continuamente se
renovam, leva-nos a descobrir as nossas distâncias e fragilidades e a
esforçarmo-nos por superá-las.
Não há caminho para a perfeição
sem esforço e sem luta, não há opções pela verdade e pela novidade cristã sem
renúncia aos impedimentos e obstáculos que moram em nós e dificultam o
progresso na luz e na perfeição.
Na matriz cristã, a educação
encontra uma ligação com a realidade e um enraizamento concreto na história
humana. Não é proposta de teorias ou doutrinas mas de exemplos de pessoas
concretas e de acontecimentos históricos, de uma memória rica de séculos que
nos ajuda a estar atentos aos sinais dos tempos, a interpretar o presente e
construir um futuro melhor.
3. Educar é promover a fraternidade e a comunidade
Jesus aproximou-se de nós para nos
ensinar a ser próximos uns dos outros. Dedica-nos um amor pessoal e manda-nos
amar o próximo, a pessoa concreta que precisa de nós. A educação cristã tem
necessariamente uma dimensão comunitária, pois Jesus veio ao nosso encontro
para nos congregar como a grande família dos filhos de Deus.
Nesta linha, a educação deve promover
o diálogo e a integração, procurar o que nos une e não o que separa; construir
pontes e evitar ruturas; não se deixar tentar pela mentalidade maniqueísta que
divide a sociedade em bons e maus, julgando como maus “os outros que não pensam
como nós”.
Nas fontes do cristianismo é
constante e veemente o apelo à união, à reconciliação, à paz e ao serviço
fraterno. A divisão e os conflitos são entendidos como uma contradição com a
fé. O grande sinal que identifica o cristão é o amor, a misericórdia, o serviço
aos mais humildes e desprotegidos.
Por isso, devemos alertar contra
todas as propostas que, ainda hoje, criam barreiras e fomentam agressividade.
Se queremos construir um mundo solidário em que todos se sintam acolhidos,
respeitados e integrados temos de rejeitar a indiferença, a agressividade, a
luta de classes, a violência… e cultivar a fraternidade, o diálogo, a
compreensão e as relações cordiais. Assim esclareceu o Papa Francisco aos
jovens: “a nossa resposta a este mundo em guerra tem um nome: chama-se
fraternidade, chama-se irmandade, chama-se comunhão, chama-se família” (JMJ,
2016).
4. Educar é formar agentes de mudança e de transformação social
O pleno desenvolvimento da pessoa
alcança-se também pelo contributo que presta para melhorar a sociedade, pelo
rasto de amor e de paz que deixa no seu meio ambiente. Educar é incentivar a
sonhar um mundo novo, mais justo e fraterno, e a entregar-se, corajosamente, ao
serviço deste sonho.
Como recomendou o Papa em
Cracóvia: “Para seguir a Jesus é preciso ter
uma boa dose de coragem e decidir-se a trocar o sofá por um par de sapatos que
ajudem a caminhar (…) pelas estradas do nosso Deus que nos convida a ser atores
políticos, pessoas que pensam, animadores sociais” (JMJ 2016).
Jesus é o pastor que nos orienta
no caminho que leva à plenitude, à alegria, ao amor e à paz. Oferece-nos o
evangelho para ser o “nosso navegador” no caminho da vida. Ampara-nos com o seu
cajado de pastor, ou seja, com a força da sua graça que ajuda a vencer o mal. É
o verdadeiro mestre de vida que nos transmite a arte de bem viver, é o caminho
para a verdade, para a beleza e para a bondade, para a vida em plenitude.
A luz de Jesus chega até nós, de
forma mais próxima e concreta, através das testemunhas da fé que se guiaram por
Ele e refletem a sua luz para a nossa vida. Entre todas tem um lugar de
especial relevo Maria sua Mãe. Também ela peregrinou na fé e se
entregou ao serviço de um mundo novo. Ao celebrarmos o centenário das suas
aparições em Fátima demos graças a Deus pela sua visita e pela mensagem de
salvação que nos veio trazer e aprendamos com ela, estrela de um novo dia, a
orientar os nossos passos pela luz do evangelho de Seu Filho.
Lisboa, 29 de setembro de 2016
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Um novo ano, uma nova página a reescrever
Estamos a iniciar o ano
letivo 2016-2017. Votos de um bom ano para toda a comunidade educativa.
Uma saudação especial para
todos os alunos inscritos na disciplina de EMRC, extensiva a todos os pais e
encarregados de educação.
Vamos caminhar juntos! Ensinar não é simplesmente
transmitir conhecimentos; é também educar para os valores, corrigir, formar nos
bons costumes éticos e morais. Sendo a EMRC uma disciplina opcional, com uma
identidade válida e atual, apresenta-se como proposta
cultural que é oferecida a todos para lá das convicções e escolhas pessoais de
fé. Tem um programa delineado que leva o aluno a formar uma personalidade forte
e responsável, capaz de escolhas livres e coerentes.
Quantas vezes já não fizemos a pergunta: Que horizonte
de sociedade somos chamados a ir construindo, e que caminhos somos chamados a
seguir? Perante esta interpelação, vamo-nos dando conta
que muitos dos nossos adolescentes e jovens criam respostas e caminhos que procuram
satisfazer as suas necessidades e angústias existenciais, definhando sob a perda de sentido e a ansiedade do vazio – muitas vezes
desencadeando o fracasso. Tais situações são, por vezes, fruto de vivências e
atitudes pouco favoráveis, que se vão enraizando e que acabam por contagiar outros. O que acontece é que, muitas vezes, passamos ensinamentos mas não ensinamos a viver os ensinamentos.
O apelo aos valores
humanos e cristãos, hoje mais do que nunca, precisa de soar como um apelo a uma
nova prática; a vivência dos valores precisa de ser uma resposta a um
convite mais do que meramente uma resposta a algumas propostas. Assim, é preciso,
pessoal e coletivamente, com coerência, redescobrir e testemunhar sinais
dinâmicos e vitais que levem ao conhecimento e aprofundamento da mensagem. Se
queremos chegar à meta que afinal todos nós dizemos querer alcançar, não
podemos alienar-nos de que é preciso um esforço de discernimento para se deixar
guiar por aquilo que vale a pena, pela vivência dos valores que perduram. A (in) disciplina e o (in) sucesso são indissociáveis, e como ninguém
gosta de ter insucesso, em
conjunto e interação, redescobriremos os valores que são como o fundamento da
nossa esperança – o ser bem sucedido. O apelo a
viver os valores que perduram passa de uns para os outros, muitas vezes, por
contágio; necessitamos, pois, de elementos contagiantes, edificantes, que querem
ser o “grão de areia que forma o areal”.
Neste sentido, é preciso tornar-se presente, estar
atentos, lúcidos, e com espírito crítico construtivo. É certo que nem sempre se
consegue o que nos propomos ou pretendemos, mas estes momentos vamos vivê-los
como ocasião para viver o Kairós, o momento presente, e vivê-lo manifestando a
diferença da proposta da EMRC: pontos de
referência e inspiração para qualquer pessoa em crescimento e à procura de
sentido. Na qualidade de docente,
procurarei compreender e fazer compreender que o caminho é sempre o de cada um,
na sua liberdade, com o seu ritmo de amadurecimento próprio, com o seu
historial. Vem, vê e atua é sempre o nosso grande desafio.
Não posso deixar de aludir
à turma do 5º A, a Direção de Turma que me foi confiada. Sabendo que os
professores ficam com os papéis facilitados quando os encarregados de educação
participam na vida da escola, apraz-me referir que não me pouparei a esforços
para acompanhar e estimular os seus educandos em ordem ao sucesso, induzindo
neles o dever de serem ‘construtores’ do seu próprio sucesso, ao mesmo tempo
que também apelo ao envolvimento dos pais, pois a avaliação positiva e o
sucesso só são alcançáveis pela conjugação de esforços, através de um diálogo
construtivo e capaz de harmonizar as diversidades.
Procurarei que o acolhimento e a proximidade estejam no cerne da minha tarefa
educativa, promovendo a socialização e a educação para os valores que a todos
dignificam enquanto sujeitos e seres sociais que procuram viver no respeito e
apreço pelo outro, dando testemunho e razões da esperança que nos habita.
UM BOM NOVO ANO ESCOLAR!
Isabel Almeida, Prof. de
EMRC
terça-feira, 28 de junho de 2016
terça-feira, 21 de junho de 2016
ATIVIDADES de EMRC
Integrada nas Atividades de Encerramento do ano letivo 2015-2016, que decorreram nos dias 8 e 9 de junho, os alunos do 5º e 6º ano realizaram trabalhos para a exposição das SALAS TEMÁTICAS dos diferentes Departamentos Curriculares.
A Simbologia, com os símbolos e a sua descrição, e a Fome no Mundo foram os temas que, entre outros, sobressaíram na Exposição. Carregado de toda a sua simbologia, a embelezar o espaço, não faltou sequer o arranjo floral.
Por sua vez, os alunos do 3º Ciclo realizaram alguns videos e trabalhos em Powerpoint.
Por sua vez, os alunos do 3º Ciclo realizaram alguns videos e trabalhos em Powerpoint.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Educar para preparar o Futuro - Nota Pastoral
1. O direito dos pais
na escolha da escola para os seus filhos
Educar, que significa despertar
potencialidades e ensinar a ser, implica eleger como meta principal a
construção de uma pessoa autêntica e íntegra. Neste sentido, os pais têm, entre
outros, o direito/dever de educar e escolher a escola que melhor corresponda
aos valores e exigências dos seus filhos, competindo-lhes a orientação da sua
educação. Para isso, cada estabelecimento de ensino, público ou privado, deve
caracterizar o seu modelo educativo, para que estes, em liberdade, possam escolher
aquele que mais se coaduna com a educação que julgam mais adequada para os seus
filhos.
A Declaração
Universal dos Direitos do Homem (art.º 26), bem como a Lei de Bases do Sistema Educativo, reconhecem a importância da
educação e enunciam princípios onde é possível enquadrar a sua inserção nos
sistemas educativos, nomeadamente a liberdade de os pais escolherem o género de
educação a dar aos filhos. Também a Lei da
Liberdade Religiosa (art.º 11) confere aos pais o direito à educação dos
filhos em coerência com as próprias convicções religiosas. Mas o que deveria
ser um direito é, por vezes, um obstáculo!
Esta situação não pode ser um jogo
político. Ao Estado não cabe impor uma visão do mundo. “Ao Estado cabe a
obrigação de cooperar com os pais na educação dos filhos” (Constituição da República Portuguesa, art.º 67, c). O Estado, que
se quer democrático, pode ter ideais, mas são os cidadãos que os tornam
eficazes. Se a lei estabelece as condições para uma ampla e frutuosa
colaboração e são estes que pagam os seus impostos, também são estes que têm
direito a ditar como querem a sua escola. Ao Estado compete, pois, por equidade
e exigência do bem comum, harmonizar os interesses dos cidadãos, garantindo os
direitos das instituições educativas; tem o dever de colaborar com os pais na
educação dos filhos, criando condições necessárias para que estes possam optar
livremente pelo modelo educativo que lhes convém. Apoiar economicamente as
escolas, sejam elas de iniciativa estatal ou particular, é colaborar com os
pais na educação dos filhos. O Papa Francisco, na recente Exortação sobre a Alegria do Amor, lembra que «o Estado
oferece um serviço educativo de maneira subsidiária, acompanhando a função não
delegável dos pais, que têm o direito de poder escolher livremente o tipo de
educação – acessível e de qualidade – que querem dar aos seus filhos de acordo
com as suas convicções» (AL 84).
Não há educação integral sem a consideração
da dimensão religiosa, uma vez que ela é constitutiva da pessoa humana. Mais
ainda, no mundo globalizado e plural em que nos movemos, não é possível
compreender certos eventos nacionais e internacionais sem referência ao
religioso e às suas manifestações. Por sua vez, o Evangelho inspira valores de fé
e de humanidade que edificam a história e a cultura.
A lecionação da EMRC, disciplina com uma
dimensão religiosa e cívica, depende da vontade expressa dos pais ou dos
candidatos, quando maiores de dezasseis anos. É uma área curricular com um
alcance cultural e um significativo valor educativo, que confere unidade ao
projeto educativo. Proporciona recursos e perspetiva caminhos de
desenvolvimento harmonioso do aluno, na integridade das dimensões corporal,
intelectual e da abertura à transcendência, aos outros e ao mundo em que vive e
que, por sua vez, é chamado a construir com os outros.
A família, comunidade educativa por
excelência, assume um papel central na educação dos filhos. Assim, os pais devem
consciencializar-se da importância da dimensão religiosa para a educação dos
filhos, responsabilizar-se pela sua inscrição em EMRC ou sensibilizar os filhos
para o fazerem, tomando uma posição ativa e fazendo valer a legislação em vigor.
Os alunos são fruto da sociedade e das suas incoerências e contradições, por
isso não abdiquem os pais das suas responsabilidades educativas, fruindo do que
a escola lhes oferece.
O professor, que por si só não pode suprir
as funções de toda a sociedade, deve promover o diálogo e a colaboração com os
pais e a escola, tendo em vista a responsabilização e colaboração recíprocas.
Deve manter-se atualizado pessoal e profissionalmente, transmitir com seriedade
e profundidade o itinerário planeado, sem esquecer que o diálogo entre a
cultura e a fé deve fazer-se em ordem à maturidade pessoal e social.
Aos alunos, proponho um desafio: convido-os
a ir contra a corrente, a ser determinados e a arriscarem pela frequência da EMRC
como caminho onde os valores são identificados, promovidos e divulgados – onde brota
uma vida com sentido e projeto.
O sucesso dependerá do interesse e
envolvimento que todos demonstrarem. Atentos às inquietações e preocupações,
tendo bem presentes os valores que nos norteiam, com ânimo e confiança, temos todos
de assumir posições concretas; admitir o indiferentismo, a irresponsabilidade
pode comprometer toda a educação e a cultura emergente. Temos todos de ajudar a
crescer nos valores que dignifiquem a pessoa humana.
____________
Aveiro, 9 de maio de 2016
† António Manuel
Moiteiro Ramos, Bispo de Aveiro
terça-feira, 24 de maio de 2016
EMRC...Testemunho de antigas alunas
EMRC… uma
referência para o futuro
EMRC…
confesso que no início tinha uma ideia errada da disciplina. Pensava que era
mais uma daquelas aulas teóricas onde apenas se falava de religião. Mas tal
conceito depressa o retirei do meu pensamento, pois logo percebi que a EMRC é
muito mais do que isso. Aliás, posso afirmar que a EMRC é uma preparação para a
vida. É talvez a única disciplina que nos ajuda a ver as realidades, dá
oportunidade de podermos partilhar os nossos sentimentos, as nossas opiniões,
aquilo que realmente nos toca e mexe connosco, independentemente das convicções
de cada um. Aqui há espaço para partilhar não só experiências como também
impressões ou aquilo que sentimos que está errado, situações com as quais não
concordamos. É aqui, nesta disciplina, que podemos questionar atitudes,
aprender com os erros dos outros e com os nossos, levando-nos sempre a propor
soluções.
Para
além disto, é sem dúvida uma disciplina importante para fazermos novas
amizades; é um verdadeiro ponto de encontro. Digo isto não só pelo facto de
ficarmos a conhecer melhor quem somos, a conhecer os outros e termos
oportunidade de partilharmos as nossas ideias, como também pelo facto de
podermos conhecer outros alunos de outros lugares.
Uma
outra forma de podermos perceber o ponto de vista dos outros e, de certo modo,
encontrarmos outra maneira de ver as realidades é ainda o facto de
participarmos em atividades relacionadas e dinamizadas pela EMRC. Costumo até
dizer que a EMRC é um dar e receber, é compreender os outros e ser
compreendido, é um “trocar de vidas”. Quero com isto dizer que damos a conhecer
as nossas vivências, sentimentos, experiências… e, em troca, oferecem-nos
também tudo isto – o tal “trocar de vidas”.
Além
dos diálogos e debates, muitas vezes a partir da visualização de filmes ou
apresentação de trabalhos feitos pelos alunos, também aprendemos feitos de
pessoas importantes que nos podem servir de modelo. É desta forma que
encontramos maneiras diferentes de estar na vida, de agir, de viver.
É
de salientar também a importância da EMRC na abordagem e compreensão de
situações problemáticas, visto que a maioria dos jovens que a frequentam estão na
adolescência, período em que procuram refúgios que, por vezes, não são os
melhores. Deste modo, esta disciplina tem interpretado aqui o papel de “ponto
de encontro” entre os jovens e determinadas temáticas.
De
alguma forma, na pessoa da professora, a disciplina desempenha o papel de
“ombro amigo”, no sentido de compreender, apoiar os alunos e, de alguma forma,
tentar ajudá-los a perceber o mundo; o porquê de determinadas atitudes dos pais;
a distinguir os caminhos bons dos maus caminhos; a servir de confidente e,
principalmente, convidar a escutar a voz dos que com a sua experiência nos podem
proporcionar momentos melhores.
Ao
contrário do que muitos pensam, a EMRC é mais do que uma aula, é uma reunião de
amigos (se tu estiveres disposto a isso), é mais do que ver filmes, ler e fazer
textos, ouvir a vida de santos e mártires. É conhecer-se, partilhar e ir ao
encontro do outro. É, sem dúvida, a motivação para saber escutar, saber opinar,
criticar, explicar, demonstrar, compreender, partilhar, aconselhar. Mas também
tenho que confessar que sempre procurei dar o meu melhor!
Em conclusão, tenho de dizer que a EMRC é um “cruzar”
de experiências e projetos. É uma disciplina opcional que infelizmente é
interpretada de forma errada, mas que eu vejo como uma referência para o
futuro, um espaço de preparação para a vida.
Ana Mafalda Abrantes, 8º B,
ano letivo 2006-2007
EMRC … um ponto de
partilha e encontro
Talvez
por vir de uma família onde os valores sempre foram transmitidos e considerados
importantes, sempre achei importante frequentar a EMRC.
Para mim a EMRC é um ponto de partilha e
encontro. É uma disciplina que nos ajuda a desabrochar e, com sentido, a preparar
para melhor vivermos a vida. Tratamos de temas que nos dão conhecimentos, mas
também formação a nível de bem-estar, respeito pelos outros, tolerância e
solidariedade. Aprofundamos o que a família e a sociedade nos vai ensinando e,
ao mesmo tempo, observando o mundo à nossa volta, argumentamos e propomos
soluções para, com os outros, ajudarmos a construir um mundo melhor.
Além
dos temas do programa, também nós alunos podemos indicar outros que têm a ver
com as nossas preocupações e que nos ajudam a esclarecer as nossas dúvidas.
Sendo a adolescência uma etapa da vida em que nos sentimos um pouco baralhados,
a EMRC tem sido importante para nos ajudar a ver e a viver as realidades de
outro modo. Por vezes, somos confrontados com realidades que até conhecemos, para
podermos ajudar a compreender as situações que ocorrem e a encontrar soluções
para os problemas.
A
proximidade e a partilha são valores que continuamente nos são transmitidos na
EMRC. A professora Isabel Almeida costuma dizer-nos que é nas relações que
mantemos com os outros que nos conhecemos e damos a conhecer quem somos, e que
se soubermos criar uma boa relação, muitas das nossas dificuldades serão
ultrapassadas, porque há sempre alguém para nos apoiar.
A
solidariedade está sempre presente. A pobreza e a forma de colaborar com os que
não têm não são esquecidas. Na escola é a única disciplina que nos desperta
para todos os dramas humanos, dinamizando campanhas de solidariedade com
angariação de roupas, alimentos, brinquedos e até material escolar e, ainda,
participando em outras campanhas promovidas por outras instituições.
Não
podemos esquecer os conhecimentos, mesmo para as outras disciplinas, e o bom
ambiente que as visitas de estudo sempre nos proporcionam.
Vale
a pena fazer parte desta família da EMRC. No fundo, a EMRC somos nós e o que
queremos que ela seja. Obrigada, EMRC!
Ana Carolina Lopes
Caetano, 8º B, ano letivo 2006-2007
segunda-feira, 23 de maio de 2016
sábado, 14 de maio de 2016
EMRC por terras de Santa Maria de Aguiar
No dia 13 de maio de 2016, realizámos, em intercâmbio com a Escola de Figueira de Castelo Rodrigo, uma visita de estudo com alunos de EMRC do 3.º ciclo, na sua maioria de 7.º ano.
Foi um dia enriquecido com novos conhecimentos e cheio de animação, congratulando-nos com o muito bom comportamento dos alunos: souberam escutar atentamente os guias da visita e usufruir harmoniosamente do tempo de convívio.
Para muitos ficou ainda a consolação de terem pisado terreno espanhol.
Sendo o dia 13 de maio, não esquecemos de agradecer a Nossa Senhora, tendo mesmo cantado o Avé, Avé Maria... na linda e histórica igreja de Nossa Senhora do Rocamador, em Castelo Rodrigo.
PROGRAMA
7h 45 – Saída da Escola Dr. Reis Leitão, Loriga
8h 15 – Saída da Escola Dr. Guilherme Correia de Carvalho, Seia
10h 30 – Acolhimento na Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo
10h 45 – Visita Guiada ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar
11h 15 – Partida para
Escalhão – Visita à Igreja Matriz
12h 00 – Visita a Barca
D`Alva
12h 30 – Almoço partilhado e convívio
14h 00 – Visita Guiada a
Castelo Rodrigo
16h 00 – Visita à Serra
da Marofa
17h 00 – Lanche e despedida
19h 00 – Chegada prevista a Seia
19h 30 – Chegada prevista a Loriga .
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Aqui na igreja de Nª Srª do Rocamador, rezámos e cantámos Avé, Avé Maria... |
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