O Presépio
Os povos sempre tiveram o gosto de encenar e dramatizar as cenas da vida. No Cristianismo, a festa do Natal assumiu uma forma definida no século IV, quando, por ordem do imperador Aureliano, se substituiu a festa romana do "Sol invencível". O rei invencível, para os cristãos, é Jesus. O seu nascimento é a vitória da verdadeira luz sobre as trevas do mal. Por isso começaram a celebrar no dia 25 de dezembro a festa do Natal de Jesus.
A forma que conhecemos de celebrar o Natal desenvolveu-se na Idade Média, graças a São Francisco de Assis. Ao recriar o presépio quis expressar viva e atual a humilde grandeza do acontecimento do nascimento do Menino Jesus e comunicar a todos a sua alegria.
«As Fontes Franciscanas narram, de forma detalhada, o que aconteceu em Gréccio na Úmbria, uma província de Itália. Quinze dias antes do Natal, Francisco chamou João, um homem daquela terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo: Quero representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do corpo os incómodos que Ele padeceu pela falta das coisas necessárias a um recém-nascido, tendo sido reclinado na palha duma manjedoura, entre o boi e o burro. Mal acabara de o ouvir, o fiel amigo foi preparar, no lugar designado, tudo o que era necessário segundo o desejo do Santo. No dia 25 de dezembro, chegaram a Gréccio muitos frades, vindos de vários lados, e também homens e mulheres das casas da região, trazendo flores e tochas para iluminar aquela noite santa. Francisco, ao chegar, encontrou a manjedoura com palha, o boi e o burro. À vista da representação do Natal, as pessoas lá reunidas manifestaram uma alegria indescritível, como nunca tinham sentido antes. Em Gréccio, naquela ocasião, não havia figuras: o Presépio foi formado e vivido pelos que estavam presentes.» (Papa Francisco, Carta Apostólica Admirabile signum - Sobre o significado e valor do presépio).
O Presépio leva-nos à gruta, onde encontramos as figuras de Maria e de José. Maria é uma mãe que contempla o seu Menino e O mostra a quantos vêm visitá-Lo.
Em tempo de Natal, os alunos de EMRC também recriaram presépios como comunicação desta alegria.