A disciplina de Educação Moral Religiosa Católica nas escolas públicas
Estamos a viver o tempo das matrículas nas escolas públicas do ensino básico e secundário e também da matrícula na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica.
A escolha é da responsabilidade do encarregado de educação ou do próprio aluno, quando maior de 16 anos.É este também o momento indicado
para responder à pergunta sobre o que pretende esta disciplina no conjunto
curricular das nossas escolas. A resposta depende do que se espera do ensino
nelas praticado enquanto tal. Queremos um ensino focado exclusivamente em
treinar o aluno para um futuro desempenho profissional eficaz? Ou queremos, em
contrapartida, que o ensino contribua para o aluno definir o melhor possível o
seu projeto pessoal de vida em função de valores fundamentais e decisivos para
todos e para o bem da sociedade enquanto tal?
Educar, como sabemos, é mais do
que ensinar. E esta disciplina coloca-se do lado do educar, ajudando os nossos
adolescentes e jovens a fazerem boas escolhas e a comprometerem-se com elas até
às últimas consequências.
Certamente que todos queremos
apostar em projetos educativos válidos e a educação moral está do lado deles.
Também a pandemia nos trouxe
novos desafios e sobretudo continua a interpelar-nos para retomarmos a
esperança rumo a uma nova normalidade de vida, que tem de incluir certas
experiências, e algumas dolorosas, que fizemos, ao longo deste último ano e
meio.
A semana que começa no dia 16 do
corrente mês de maio pretende a Educação Moral e Religiosa Católica dedicá-la
ao retomar da esperança, depois dos tempos conturbados da pandemia que vivemos
e ainda continua. E propõe-se envolver o máximo de professores e alunos das
escolas no projeto denominado “Esperança-TE”.
Vale a pena dar expressão, no
próprio ato da matrícula, ao propósito de fazer das nossas escolas espaços de
educação e não só de ensino e para isso em muito contribui a disciplina de
Educação Moral e Religiosa Católica.
15.5.2021
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda