Falar
da Páscoa significa falar de uma das festas mais antigas, e a principal festa
do ano litúrgico cristão.
A
Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo, que de acordo com os
relatos evangélicos ocorreu três dias após a sua morte, e morte de cruz.
É
comum em todas as igrejas cristãs este domingo ser um dia diferenciado dos
outros por se comemorar a ressurreição, a vitória daquele que do sepulcro saiu
vitorioso – embora em cada domingo se celebre a Páscoa.
Se
queremos falar de toda a quadra pascal, temos de fazer referência à última ceia
de Jesus com os discípulos, à sua prisão, julgamento, condenação, crucifixão,
morte e ressurreição. A celebração inicia no domingo de Ramos, lembrando a
entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e que dá inicio à Semana Santa ou
Semana Maior, culminando o Tríduo pascal no domingo de Páscoa, a festa da vida
nova.
Falar
de Páscoa significa também falar de tradições, mas vamo-nos dando conta que as
antigas tradições da Páscoa estão a ser esquecidas ou mal interpretadas. A
preocupação volta-se mais para o material do que para o real significado da
data. As vivências da vida moderna e a capacidade de marketing transformaram a
Páscoa, e outras festas cristãs, numa festividade eminentemente comercial; de uma
festividade religiosa passou-se a um tempo de negócio. Aproveitam-se antigas
tradições não para enriquecimento cultural e religioso, mas para tirar partido,
aumentar lucros.
Para
se comemorar a verdadeira Páscoa, a da harmonia e do perdão pregados por Cristo,
é necessário uma renovação interior, promover os valores que conduzem à paz
universal.
Que
ao menos esta Páscoa seja um pretexto para promover os valores da amizade, da
confraternização e da reconciliação, essencialmente entre os que nos são
próximos.
Que esta seja a nossa Páscoa!
(Isabel Almeida)
SÍMBOLOS DA PÁSCOA
Falar da Páscoa significa falar da morte e ressurreição de
Jesus Cristo, e com ela surgem símbolos e tradições relacionadas com o começo de uma vida
nova.
As amêndoas simbolizam a vida; de uma semente que morre,
nasce uma nova planta – a amendoeira.
O ovo simboliza a vida, representa o nascimento e a
renovação; à semelhança de Cristo, transforma-se para dar origem a uma nova
vida – o pintainho.
O círio pascal simboliza a luz – a luz de Cristo que a todos
ilumina.
O coelho, pela sua fecundidade, simboliza universalidade.
Cristo morreu e ressuscitou por muitos, que o mesmo é dizer, por todos.
O folar representa a amizade e a reconciliação entre
padrinhos e afilhados.
Os sinos representam a alegria. Anunciam que Cristo
ressuscitou. Cante-se aleluia!
Ana Nércio e Ana Valente,
EMRC 6ºA
Tradições da época pascal
A Páscoa em Portugal comemora-se com amêndoas.
Na Alemanha é costume as famílias decorarem árvores com ovos
pintados. Há árvores que chegam a ter mais de 9 mil ovos.
No Reino Unido, é costume comer e oferecer pãezinhos doces,
com passas e especiarias, chamados «hot cross buns».
Em França, os sinos não tocam desde Quinta-feira Santa até
ao Domingo de Páscoa. Acredita-se que são os sinos que trazem os ovos de chocolate.
Na Grécia, os ovos são decorados com uma única cor:
vermelho. As pessoas trocam ovos que serão usados para decorar bolos.
Na Polónia é costume, na segunda-feira de Páscoa, haver
lutas de água nas ruas.
Na Ucrânia, os ovos de Páscoa têm decorações muito
elaboradas e são trocados em família.
Nos Estados Unidos da América, as crianças e os pais
juntam-se em parques e jardins para encontrarem ovos escondidos.
Na Suécia, é tradição antiga ser uma lebre a trazer os ovos
de chocolate às famílias.
Na Austrália, onde os coelhos são considerados praga, quem
traz os ovos é o bilby. É habitual os pais oferecerem aos filhos um bilby de
chocolate.
(Recolha de alunos de EMRC)