O Natal passou, mas os valores são sempre atuais. A prova disso é a mensagem que este trabalho do Gabriel nos transmite, e que depois de ser explorado numa aula de EMRC, os colegas tão bem descobriram e consideraram ser necessário pô-los em prática no dia a dia de cada um de nós.
Um problema de Natal
Estava o Pai Natal a dormir, às sete da manhã, numa véspera de
Natal, quando de repente um duende o veio acordar. O Pai Natal, cheio de sono,
calçou os seus chinelos cor-de-rosa, em forma de coelho, e levantou-se, dizendo:
- Porque me vens acordar a estas horas da manhã?
- Temos um problema gravíssimo! - exclamou o duende.
- Um problema gravíssimo é tu vires-me acordar a estas horas!
Mas diz lá qual é o problema - resmungou o Pai Natal.
- Os duendes da noite detetaram um pelotão de forças malignas,
em direção à casa das crianças e também na nossa direção - explicou o duende.
- Deixa-me dormir para pensar bem no assunto - disse meio a
dormir.
- Mas, senhor,…Aaaaaaaaaaaah! - tentou explicar o duende.
Algo o fez cair.
- Nunca pensei que o Pai Natal utilizasse a minha engenhoca
contra mim! - pensou o duende.
Assim que o Pai Natal ia começar a dormir, eis que lhe bate
alguém à porta. É a Mãe Natal que vem avisar que ele precisa mesmo de enviar os
seus homens.
- Pai Natal, o duende que expulsaste há pouco tinha razão - afirmou
a Mãe Natal.
- Está bem, manda cem duendes prepararem-se com as suas armas-guloseima
- proclamou o Pai Natal.
A Mãe Natal foi comunicar a ordem ao general dos duendes guerreiros.
Então o general chegou-se junto de uma duende e disse-lhe:
- Dá-me o microfone.
- Tome, general dos duendes guerreiros - respondeu a duende.
- Comunico a cem duendes guerreiros para se armarem e se
apresentarem, daqui a cinco minutos, no centro de duendes guerreiros um - comunicou
o general, ao microfone.
Cem duendes guerreiros correram a armarem-se. Enquanto isso, o
general dos duendes guerreiros estava um pouco nervoso, por ter de gerir tudo
sem o Pai Natal.
Finalmente, todos os duendes guerreiros chegaram ao centro de
duendes guerreiros um. Disse então o general:
- Vamos aquecer com os exercícios que vos ensinei.
Enquanto isto, alguns duendes guerreiros perguntavam-se uns aos
outros:
- Mas afinal para onde vamos?
O general ao ouvir aquilo respondeu logo:
- Vão lutar contra as forças malignas nos setores quarenta e
sete, quarenta e nove….
Depois desta resposta tão esperada, começaram a trabalhar.
Às nove e meia o Pai Natal aproximou-se do general dos duendes
guerreiros e disse-lhe:
- Vejo que consegues manter tudo em ordem sem mim! Vou-te
conceder a medalha de general dos duendes guerreiros autónomo.
- Obrigado meu senhor Pai Natal. Os meus sinceros agradecimentos!
- agradeceu o general.
Perante aquela situação, a Mãe Natal disse:
- Não é hora para andares a distribuir prémios, Pai Natal.
Então o general afirmou:
- Acho que a Mãe Natal tem razão. Vamos dizer aos seus homens
que devem partir.
- Sim, mas antes quero-te dar a medalha da boa educação - replicou
o Pai Natal.
De novo o general dos duendes guerreiros agradeceu:
- Obrigado, meu senhor Pai Natal, os meus sinceros
agradecimentos!
- Então, vamos lá mandar os meus homens - ordenou o Pai Natal.
- Homens, vão para os locais que eu mencionei há pouco, no início
do aquecimento - mandou o general.
Os homens rapidamente correram para lutar, mas, ouve cinco duendes
que ficaram no mesmo lugar.
- Ah, já me esquecia de vocês que vão no helicóptero, que como
todos os outros objetos de guerra são feitos de guloseimas - referiu o Pai
Natal.
Os homens rapidamente se introduziram no helicóptero para irem
ajudar os outros duendes guerreiros.
- Meu general, acha que vão conseguir derrotar aquele pelotão? - interrogou
o Pai Natal.
- Não sei - declarou sem confiança que iam ganhar.
Logo a seguir destas palavras, viu-se no controlador de pelotões
malignos uma enorme mancha preta; isto queria dizer que o pelotão estava a
aumentar bastante.
- Senhor, olhe para o controlador de pelotões malignos! - exclamou
o general.
- Isto não pode estar a acontecer! - ia desmaiando o Pai Natal.
- Mas está, senhor - afirmou o general.
- Ge…eee….nnee…..raaaaa…..l - queixou-se o Pai Natal.
- Vou buscar o microfone. Comunico que quero quatrocentos
duendes guerreiros armados nos centros de duendes guerreiros um, dois, três e
quatro - comunicou o general.
- General, mande-os aquecer depressa e irem ajudar os amigos - apressou-se
o Pai Natal.
- Comunico aos duendes guerreiros que aqueçam depressa e vão ajudar
os vossos amigos – comunicou o general.
Os duendes guerreiros foram muito rápidos. Quando chegaram junto
dos amigos já se via pelotão maligno. Começaram a lutar com as suas balas, que
eram guloseimas. Mas a batalha não correu lá muito bem! O pelotão maligno tinha
balas que eram redes, e assim prenderam muitos dos duendes guerreiros. Apesar de
as guloseimas também os colarem ao chão, os duendes guerreiros estavam em minoria.
Assim, o pelotão maligno passou a maior parte dos duendes guerreiros. Apenas
ficou o helicóptero e dez duendes guerreiros. O pelotão maligno fez uma força, que era um chicote preto muito longo. Com ele o pelotão maligno bateu no
helicóptero que começou a dar choques e o helicóptero começou a cair. Os
duendes guerreiros que lá estavam saltaram e abriram o pára-quedas guloseima. A
seguir, o pelotão maligno atacou os dez que cá estavam em baixo e os cinco do
helicóptero. Entretanto, o pelotão ia avançando.
- Isto está mau, muito mau, senhor, não está? - perguntou o
general ao Pai Natal.
- Aaaaaaaaaaaaah! – berrou o Pai Natal.
- Senhor! – exclamou o general.
- Onde está o Pai Natal? – questionou a Mãe Natal.
- Não sei, Mãe Natal! – explicou o general.
- Dê alerta, confio em si! – confiou a Mãe Natal.
- Obrigado, por confiar em mim! - agradeceu o general! – Alerta! O Pai Natal desapareceu. - gritou andando pelos corredores fora.
Todos começaram a olhar para ele.
- Equipas médicas, vão ajudar os duendes guerreiros - berrou o
general. - Equipas de busca tentem saber onde está o Pai Natal - vociferou, já
sem paciência.
O Pai Natal, que estava preso por o pelotão que lhe ia dando
choques com o chicote preto, ficou muito
amuado e cheio de dores.
O general já estava a declarar:
- Eu só sou chefe das tropas, mas tenho de estar a fazer tudo o que
o Pai Natal normalmente faz! - ripostou o general.
Neste momento, estavam a chegar os duendes guerreiros, cansadíssimos e com muitos danos físicos, principalmente os do helicóptero, e
outros dez que tinham levado com o chicote. Os médicos trataram logo de curar
os duendes guerreiros. O general andava de um lado para o outro sem saber o que
fazer para salvar o seu senhor, o Pai Natal. Finalmente, decidiu-se. Pegou no
microfone e afirmou:
- Comunico a mil duendes guerreiros que vão para os centros um,
dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez. Comecem a aquecer e a
acertar nos alvos. Passado meia hora, o general mandou seiscentos duendes
guerreiros lutarem contra o pelotão. Todos começaram a protestar:
- És maluco, só vais fazer mais ferimentos ou até mortes!
- Não, eu já sei onde está o Pai Natal. Ele está preso pelo
pelotão maligno – acalmou o general.
- Então que seja assim, vamos salvar o Pai Natal. – disseram todos.
- Com esta firmeza, e sem medo, o pelotão maligno ficara mais
fraco. Eu sei que eles são mais, mas com isto vão parecer muito menos. – acrescentou o general.
Os duendes guerreiros obedeceram ao general.
- Afinal, este general sabe muito. – acharam todos.
O Pai Natal continua a levar choques, mas agora muito menos
intensos. Ao ver que estava a ficar mais fraco, o pelotão fechou-o numa jaula de
chicotes.
Estavam eles a guardar o Pai Natal quando apareceram os duendes
guerreiros, que começaram a disparar de surpresa. Alguns do pelotão, logo aí
ficaram presos!
O general mandou agora o resto dos duendes guerreiros, vinte
deles dentro de quatro helicópteros.
Quando chegaram junto dos seus colegas, o pelotão tinha formado
feras enormes, que foram presas pelas guloseimas. Mas quando tudo parecia bem
encaminhado, tudo se descontrolou, o pelotão criou mais feras, parecia tudo perdido,
quando se ouviu um barulho de avião. Era o próprio general que estava a
utilizar um avião que estava a construir para oferecer ao Pai Natal, no seu dia,
o dia do Natal. Com uma metralhadora de guloseimas prendeu as últimas feras e
ajudou os duendes guerreiros a soltarem aqueles que estavam presos. O pelotão
já estava muito pequeno para tantos duendes guerreiros. Então fugiram e
disseram:
- Vocês também não vão salvar o Pai Natal, ele está preso nessa
jaula que dá choque. – vociferaram.
- Duendes, acho melhor irem-se embora, esta jaula dá choques a
quem lhe toca. – desiludiu o Pai Natal.
- Não é indestrutível, toma esta engenhoca para te protegeres
das guloseimas – afirmou o general.
- Está bem! – concordou o Pai Natal.
O general deitou a massa líquida das guloseimas em cima da
jaula. Assim que secou, o general baixou uma placa de ferro, que quando tocou na
jaula não deu choque, pois a massa de guloseima não deixava passar a corrente
elétrica. A jaula partiu-se e o Pai Natal saiu diretamente para o seu avião
novo.
Quando chegaram, o Pai Natal afirmou ao general:
- Vais ter todas as medalhas, e não é preciso
agradecer, pois tu salvaste-me a vida, e também ao Natal.
Gabriel Batista, 5.º C