A treze temos Santo António
A vinte e quatro S. João
A vinte e nove S. Pedro
E festejamo-los com uma grande afeição.
A vinte e quatro S. João
A vinte e nove S. Pedro
E festejamo-los com uma grande afeição.
Santo António nasceu em Lisboa, dia 13 de Setembro de 1191, e morreu com 36 anos, dia 13 de junho de 1231, nas vizinhanças de Pádua, Itália. Por isso, é chamado Santo António de Lisboa e Santo António de Pádua.
Filho de Martinho de Bulhões e
Teresa Taveira, famílias ilustres, recebeu o nome de Fernando no batismo.
Aos 15 anos, entrou no convento da Ordem dos Cónegos Regulares de Santo
Agostinho, nas proximidades de Lisboa. Aí ficou dois anos e pediu para ser
transferido para o mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, porque eram tantas as
visitas de parentes e amigos, que perturbavam a sua paz. Em Coimbra, fez
filosofia e teologia e foi ordenado padre. Neste
mosteiro se hospedaram os frades Franciscanos do convento de Santo
António dos Olivais, quando viajavam para converter os muçulmanos em Marrocos,
na África. Pouco tempo depois, os restos mortais destes frades, martirizados em
Marrocos, voltaram a Portugal para o sepultamento em Coimbra,
onde morava o Rei de Portugal. Nessa ocasião, ‘Santo António’ sentiu grande
desejo de evangelizar Marrocos e imitar os mártires.
Por isso, no verão de 1220, entrou para a Ordem dos Franciscanos, mudou o nome para António, que era o titular do convento franciscano dos Olivais. No
início de novembro de 1220 foi mandado para Marrocos,
mas terrível enfermidade o reteve na cama todo o inverno e resolveram mandá-lo
para Portugal. O navio de volta a Portugal foi levado pelos ventos para a
Itália. Desembarcou na Sicília e dirigiu-se para Assis, onde se encontrou pela
primeira vez com São Francisco. Então, participou de um Capítulo Geral da
Ordem, que começou a 20 de maio de 1221, em Assis. Não demorou para se revelar
como excelente orador e pregador, em setembro de 1221, fazendo o sermão em
Forli, na ordenação sacerdotal de franciscanos e dominicanos. Surpreendeu o
Provincial e todos ficaram maravilhados. Por isso, o Provincial o encarregou da
ação apostólica contra os hereges na região da Romanha. e no norte da Itália,
quando se tornou extraordinário pregador popular. Em Rimini, os hereges
impediam o povo de ir aos seus sermões. Então, apelou para o milagre. Foi à
costa do Adriático e começou a pregar aos peixes, que acorreram em multidão,
mostrando a cabeça fora da água. Este milagre invadiu a cidade com entusiasmo e
os hereges ficaram envergonhados.
Após alguns anos de frade
itinerante, foi nomeado, por carta, por São Francisco, o primeiro ‘Leitor de
Teologia’ da Ordem. Mas, este magistério de teologia para os franciscanos de
Bolonha demorou pouco porque o Papa mobilizou todos os pregadores dominicanos e
franciscanos para combater a heresia albigense na França. Por isso, passou três
anos a lecionar, a pregar e a fazer milagres no sul da França – Montpellier,
Toulouse, Le Puy, Bourges, Arles e Limoges. Como ocupava o cargo de custódio do
convento de Limoges, foi para Assis participar do Capítulo Geral da Ordem,
convocado por Frei Elias, a 30 de maio de 1227. Nesse Capítulo foi eleito
Provincial da Romanha, cargo que ocupou com êxito até 1230. Em 1229, foi morar
com os seus irmãos franciscanos, perto de Pádua, no convento de Arcella, em
Camposampiero. Nesse lugar
retirado, a pedido do Cardeal de Óstia, dedicou-se a escrever os sermões das
festas dos grandes santos e de todos os domingos do ano. Mas saía sempre para
pregações, por exemplo, durante a Quaresma, até morrer, por uma hidropisia
maligna, na sexta-feira, de 13 de junho de 11231.
Foi tanta a
repercussão da sua morte e tantos os milagres, que, onze meses após a sua
morte, foi canonizado pelo Papa Gregório IX. Em 1263, quando o seu corpo foi
exumado, a língua estava intacta e continua intacta até hoje, numa redoma
de vidro, na Basílica de Santo António, em Pádua, onde estão os seus restos
mortais.
Mais tarde,
em 1934, foi declarado Padroeiro de Portugal. E em 1946, o Papa Pio XII
proclamou-o ‘Doutor da Igreja’, com o título de ‘Doutor Evangélico’. Santo António
não perdeu a sua atualidade e é invocado pelo povo cristão para curar doenças,
achar coisas perdidas e ajudar no casamento.