No início de uma conferência, um
famoso orador mostrou uma nota de vinte euros, e
perguntou:
— Quem deseja esta
nota?
A maior parte da assembleia ergueu
as mãos.
O conferencista amarrotou-a e voltou
a perguntar, enquanto a exibia:
— Quem está ainda interessado
nela?
A maior parte da assembleia voltou a
erguer as mãos.
Então, deixou-a cair no chão e
pisou-a violentamente. Depois, pegou nela, suja e amarrotada, e perguntou de
novo:
— E agora? Ainda há alguém que a
queira?
E mais uma vez as mãos se
ergueram.
— Meus amigos — continuou o
conferencista —, seja o que for que eu faça com esta nota, a maior parte das
pessoas permanecerá interessada nela, porque, apesar do seu aspeto, não perde
valor. Limpa ou suja, amarrotada ou não, valerá sempre vinte euros. Mas, como
podem calcular, não vim aqui para vos falar de questões financeiras. Acontece
muitas vezes, na vida pessoal, que somos amarrotados, humilhados e conspurcados
por decisões que tomamos ou por circunstâncias que não dependem da nossa
vontade. Quando tal sucede, sentimo-nos profundamente desvalorizados ou mesmo
insignificantes. Mas, aconteça o que acontecer, seja qual for a forma como nos
sentimos, nunca perderemos objetivamente o nosso valor nem a nossa dignidade.
Quer estejamos sujos ou limpos, diminuídos ou inteiros, nada nos pode roubar o
que verdadeiramente somos. É que o valor das nossas vidas não reside
fundamentalmente no que fazemos ou sabemos, reside sobretudo no que somos. E
todos somos especiais, porque somos únicos e irrepetíveis. No meio das adversidades da
vida, não nos esqueçamos disto!
Autor
desconhecido