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terça-feira, 12 de setembro de 2017

DO RECOMEÇO NASCEM GRANDES CONQUISTAS

Estamos no início de mais um ano letivo, a todos damos as boas-vindas, com o desejo de que seja um ano cheio de sucesso.

Queremos que esta página da EMRC, que vamos manter com a colaboração de todos os que de um modo ou de outro se sentem envolvidos, seja efetivamente o rosto dos valores que a todos dignificam.

Sempre que iniciamos um novo ano escolar, deparamo-nos com realidades novas e outras que não sendo novas queremos que o sejam; realidades que nos animam, frustram ou angustiam e nos lançam para o mundo do desafio e/ou do questionamento. A cada um cabe posicionar-se, na certeza de que em cada dia podemos sempre aprender algo de novo e a fazer diferente, ainda que isso envolva contrariedades, abnegação e sacrifício.

No contexto vivencial contemporâneo, são inúmeros os fatores que dão origem a questões e interrogações e que se tornam até assunto de notícia. A cada passo somos confrontados com situações que nos merecem alguma preocupação, mas não é menos evidente a pouca preocupação em “virar esta página” da história, para que o ‘novo’ seja efetivamente uma novidade.
A necessidade de nos interrogarmos e de tentarmos encontrar caminhos que vão de encontro aos questionamentos pessoais e sociais deve começar a ser objeto de preocupação, não para nos angustiar, mas para que aqueles que se cruzam connosco, nomeadamente os que hoje educamos, que serão os homens do amanhã, circulem e respirem um ambiente onde o rosto de cada homem irradie felicidade.
Num tempo em que se vive um clima de imediatismo, nem sempre construtivo nem dialogante, é necessário apelar aos valores que dignificam e levam ao respeito pelo outro; daí a importância de colocarmos todo o nosso afã na construção de uma escola/ uma comunidade onde todos se sintam reconhecidos e solidariamente envolvidos.
Todos sabemos que nem sempre é fácil esta tarefa. É deveras importante conhecer o sentido das nossas vidas, sob pena de não conseguirmos o bem-estar que tanto desejamos. A vida de stress, ou melhor, de distress, para onde todos continuamente somos empurrados, não perdoa a pouca ou nenhuma atenção que damos ao nosso 'eu' e muito menos aos outros – daí tanta insatisfação.
Urge saber parar e empreender uma mudança que leve a aprender a ver o mundo com outros olhos: aprender a olhar para dentro de nós mesmos, não para sermos ou fazermos o que os outros querem que sejamos ou façamos, mas para sermos quem somos e fazermos o que conscientemente deve ser feito.
Tudo isto exige empenhamento pessoal. A felicidade de cada dia radica nas nossas escolhas e atuações; floresce aquilo que procuramos e encontramos, aquilo em que confiamos e nos esforçamos. Cada um é, pois, construtor da sua realidade pessoal; por muito que alguém nos ame e queira ajudar, não nos pode substituir naquilo que temos que ser nós a fazer.
Cabe a cada um de nós acordar para a realidade, tomar consciência do 'nós' e ajudar as nossas crianças e adolescentes a encontrar o seu lugar no mundo, a acreditar nas suas capacidades, aceitando as suas limitações – a descobrir-se como um agente de mudança, porque é neles que está a esperança de uma família, uma escola, uma sociedade, um mundo melhor.
É na escola que se forja a identidade cultural de uma pessoa e se começa a construir o projeto de vida, mas é em casa/ na família que os princípios se enraízam. 
Porque as famílias e a sociedade contam connosco, e se da pessoa se (re)clama tanto, a disciplina de EMRC recomeça cada novo ano escolar centrada, de forma crítica e construtiva, na construção do conhecimento e da partilha de saberes pela descoberta de si próprio, dos outros e do mundo – mesmo que tenhamos que enfrentar os condicionalismos a que tantas vezes já aludimos. Há opções e prioridades; a cada um cabe a escolha.
Que o estar na EMRC, o estar (con)tigo e com os outros, seja tempo, espaço e fonte de inspiração para em cada dia descobrirmos uma meta e aprendermos a recomeçar perante as possibilidades e os desafios. O Programa delineado para cada ano de escolaridade vai ajudar-nos a descobrir e a posicionar perante nós próprios e as realidades circundantes. Acredito que enquanto seres abertos à comunicação e ao relacionamento, a inspiração do "tecelão" divino fará despontar em cada um de nós o horizonte do ser: ser boa pessoa, bom filho, bom aluno, bom amigo, bom colega, bom cidadão...
Recomeça sempre! E este novo ano terá o sabor das tuas conquistas.

Prof. Isabel Almeida